Até ontem nosso país era mais um mero comprador de petróleo árabe, apesar da nossa proclamada auto-suficiência, ainda éramos dependentes das importações do "ouro negro", mas caminhando a passos largos na exploração de novas reservas, entre elas a da camada pré-sal.
Eis que então, mesmo com o preço da gasolina nas bombas, aqui na terra brazilis, estar nas alturas, na contra mão da sua cotação internacional, que despencou em um ano mais da metade do valor do barril, passamos a fornecer para China, centenas de milhares de litros da nossa valiosa reserva petrolífera. Até ai tudo bem, é um negócio da China, dez bilhões de dólares por ano para aumentar nossas reservas cambiais! Só que, se "o petróleo é nosso" por que não teve seu valor reduzido? Alguns em defesa da Petrobrás vão dizer que as oscilações ainda não se mantiveram "suficientemente" em queda, para repassar os combustíveis com valor reduzido ao consumidor final, para mim pura balela! Veja o exemplo venezuelano, abastecer sai quase de graça, são 3 centavos de dólar por litro de combustível, isso que é preço de país produtor de petróleo!
Mas, nem tudo são flores no campo e Amazônia em chamas neste país, exportaremos petróleo como fazemos com a carne bovina, mas só comeremos filé, se o mercado internacional "refugar" nossos bois e vacas, que agora pastam mais tranquilos, com a crise financeira internacional afetando nossos matadouros e frigoríficos, que sem vender para o mercado internacional, fecharam suas portas e demitiram seus empregados.
Esperamos que com o petróleo não seja assim, pois se evoluimos na geração de motores mais econômicos e menos poluentes, caso a demanda internacional caia mais ainda, teremos que exportar com preços de mercado, menores também, e ai, como é que fica? Para exportar vamos receber o preço de mercado, mas para abastecer? O valor vai também diminuir? Se não vai, estamos num círculo "vicioso" pois na carona da energia dos combustíveis está todo escoamento das safras, mercadorias e diretamente ligado ao crescimento do país. Fala-se muito em energias renováveis, mas quem vai se beneficiar disso, a população? As PP's chamadas de parceria público-privadas, como por exemplo, nas estradas pedagiadas, viraram uma exploração dos seus usuários, explorados num serviço que deveria ser de uso e benefício dos brasileiros pagantes de impostos diretos e indiretos. Assim como num clima de "fim de festa" eu escuto ao longe, a música de Cazuza, "Brasil" mostrando sua cara, com um sorriso "eleitoreiro" por trás e torço para que "nossa gente brasileira" através de sua coragem e determinação, vá tratar de escolher melhor os políticos da "nova geração" que não sejam corruptos e representem uma nação decente verde-amarela. Pensem muito antes de votar, se é obrigatório votar, não votem por obrigação, votem como se fosse em vocês mesmos! Abraços! A. Horn
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